Dois terços das viagens urbanas diárias são feitas a pé, de transporte público ou de bicicleta. Apesar disso, a maior parte da sinalização nas cidades brasileiras é voltada apenas a orientar os motoristas de veículos particulares e a grosso modo, pode-se dizer que cerca de 90% dos sinais de trânsito do Brasil são dirigidos aos motoristas.
Essa falta de sinalização para quem caminha ou pedala gera insegurança e desorientação e acaba estimulando ainda mais o uso do carro, mesmo para pequenos trajetos. Pedestres e ciclistas são orientados apenas nas áreas de conflito com o tráfego de carros. Não há totens com mapas, que indiquem os principais de pontos de referência para serem alcançados a pé ou de bike. E mais raros ainda são os sinais sonoros para pessoas com deficiência visual.
O pior de tudo é a dificuldade das pessoas em encontrar informações nos sistemas de transporte público. À exceção dos metrôs e de alguns sistemas inteligentes de ônibus, em geral os pontos e veículos não oferecem qualquer sinalização que ajude o usuário a se localizar. Perguntas como “Esse ônibus a em tal rua">e:

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